É comum que muitas pessoas procurem atendimento psicológico sem conseguir definir exatamente a origem do seu sofrimento. Chegam trazendo a queixa de uma angústia constante, a sensação de estar sob pressão, uma dor no peito sem nome — e buscam alguém que as ajude a aliviar essa vivência de vazio e dor.

Por isso, meu trabalho não segue protocolos engessados: trato de pessoas, não de diagnósticos. Acredito que o psicólogo deve ter o cuidado de não encaixar o paciente em rótulos prontos, mas utilizar as teorias de forma sensível, como apoio ao processo terapêutico, sem que elas se sobreponham à singularidade de cada história.

É a partir de uma escuta empática e das interações afetivas que acontecem no espaço da terapia que se torna possível transformar comportamentos autodestrutivos, aliviar sentimentos de tristeza, medo e dor, e abrir caminhos para novas formas de viver.

A psicanálise não busca “normalizar” as pessoas, mas sim favorecer um diálogo interior mais livre de conflitos e ajudá-las a reencontrar o prazer e o sentido de estarem vivas.